1. Reduz o risco de mortalidade.
Uma pesquisa realizada pelo professor de epidemiologia Tyler J. VanderWeele, da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, revelou que ir ao menos uma vez por semana a um culto religioso pode reduzir a mortalidade de 20% a 30% em um período de até 15 anos. Esses dados são frutos de um estudo que comparou, durante duas décadas, a expectativa de vida de adultos que tinham religião e outros que não exerciam nenhuma prática religiosa.
2. Menos taxas de depressão.
Na mesma pesquisa é revelado que as pessoas religiosas tendem a ser mais otimistas, confiantes no futuro e com menos taxas de depressão. O que também justifica o número menor de suicídios em pessoas que trabalham sua espiritualidade. O professor VanderWeele ainda afirma no estudo que a religião é “mais do que uma prática individual, é coletiva e solidária e traz grandes resultados à saúde”. Ou seja, o sentimento de fraternidade é incentivado e trabalhado constantemente nesses ambientes de paz, fazendo com que as pessoas cuidem melhor de si mesmas e, ao mesmo tempo, construam um mundo melhor para todos, a partir de seus atos solidários.
3. Experiências religiosas fornecem uma estrutura cognitiva para lidar com as situações traumáticas.
Siga uma religião que tenha um espaço de diálogo entre as mais diversas áreas do saber a fim de que se debata temas fundamentais rumo ao progresso da Humanidade. Em uma das palestras, o Dr. Julio Peres, psicólogo e doutor em Neurociências e Comportamento pela Universidade de São Paulo (USP), relatou que, de acordo com alguns estudos, “na maioria das vezes, a espiritualidade, a religiosidade, favorece a superação de traumas no setting terapêutico”.
Ele explica que as experiências religiosas, como a prece e a meditação, fornecem uma estrutura cognitiva para lidar com situações traumáticas. “No processo terapêutico, ao falar sobre espiritualidade, posso potencializar as capacidades dos pacientes. Não vou doutrinar o paciente, mas vou valorizar esse repertório que ele traz. (…) A espiritualidade pode fornecer ordem e compreensão de eventos dolorosos, caóticos e imprevisíveis”, explanou o dr. Julio.
O especialista ainda afirmou que, dentro da psicoterapia, é possível considerar os traumas como oportunidades de crescimento pessoal, graças aos valores promovidos pela prática religiosa, como a Coragem, a Sabedoria e o Amor.
4. A religiosidade é melhor para a saúde mental do que o esporte quando na Terceira Idade.
Ao desenvolver um estudo sobre depressão em adultos com mais de cinquenta anos, a London School of Economics and Political Science (Escola de Negócios e Ciências Políticas de Londres), constatou: As pessoas nessa faixa etária que frequentam atividades religiosas possuem mais benefícios à saúde mental do que os que praticam esportes, os que realizam ações sociais ou estudam. Esse resultado, envolvendo 9 mil europeus, demonstrou que, em meio a tantas atividades nas quais essas pessoas estão envolvidas, a que oferece uma sensação de felicidade mais duradoura é a de frequentar celebrações religiosas.
O interessante nesta pesquisa foi a revelação de que o pertencimento a outros círculos sociais, como instituições comunitárias, oferece, em termos de saúde mental, um benefício de curto prazo — o que é ótimo. Contudo, dessa forma, os sintomas depressivos podem aparecer passado certo tempo. A justificativa do responsável pelo estudo, o epidemiologista Mauricio Avendano, foi a de que os participantes demonstraram um forte sentimento de recompensa quando iniciam em alguma organização; porém, quando se é exigido muito esforço, sem muito retorno, os benefícios se esvaem após um tempo — o que não ocorre com a religião.
Portanto, é a comprovação de um fato fascinante: Quando o ser humano realmente exerce uma atividade em que é útil e percebe o retorno de seu “esforço” imediatamente, como no caso da religiosidade, isso gera um sentimento compensador a longo prazo. Pois em grande parte, as atividades religiosas envolvem o cuidado com o outro, e essa sensação fraterna impulsiona para mais e mais ações no Bem!
5. Afasta os jovens do alcoolismo e das drogas.
Um estudo sobre superação de vícios, publicado em um congresso acadêmico na Chester University, no Reino Unido, concluiu que uma infância religiosa colabora para um futuro sem comportamento de risco na vida dos jovens. Isso porque “a religiosidade pode ser especialmente protetora durante o período de transição da adolescência à fase adulta”, destaca a pesquisa.
O que faz a diferença é a prática religiosa, ou seja, a participação frequente nas cerimônias e ações solidárias promovidas pelas religiões. Tais atitudes estão ligadas ao desenvolvimento de hábitos saudáveis e, consequentemente, a uma menor propensão aos vícios. “Uma maior assistência ao templo religioso nesses períodos da vida [infância e adolescência] pode proteger o jovem do uso precoce de álcool e contra o desenvolvimento de problemas relacionados com o alcoolismo”, ressalta o estudo.
Tudo isso nos leva a concluir que os diversos benefícios em frequentar ambientes sagrados se estendem a todas as faixas etárias. Os valores que neles são adquiridos e as oportunidades em cuidar do próximo, fazem a diferença para a boa condução da vida. Incentivam a um ideal que encoraja e cria disposição, a fim de que todos possam manter a mente sempre ocupada.